D
E
V A N E I O S
Mas...
"o esquecimento mágico só dá resultados positivos quando é real
e não apenas um truque como modo de enganar o coração".
Como no truco, quando dizemos que temos 7 de espada e temos As de ouro.
Como no truco, no amor blefamos.
Como no truco, que não sei jogar, pois desconheço suas regras e não domino sua malícia.
Sou inexperiente.
Sou inexperiente.
Sou anônima.
Sou anônima de vestido florido pela ladeira
De preguiças e moças na janela
Mas, ninguém pode me ajudar
porque ninguém me é.
Com meu vestido florido levado pelo vento
Eu subo a ladeira
De preguiças e moças na janela
Se estou triste?
Não. Estou sendo.
As vezes fico sendo.
Quando sou não preciso fazer.
Ser já é um fazer.
E eu posso ser devagar
ou um pouco depressa.
Posso ser um pouco aflita
Ou um pouco sôfrega
Posso ser um pouco mentirosa
Foi ela que me ensinou.
Ela que põe as vísceras para fora.
As minhas.
Que fala por metáforas.
Que é áspera e desesperançada.
Aquela cujo Minotauro é a velha e o labirinto o Maracanã.
Que junto com ele, me repõe, pequenina, em face de indecifráveis palmeiras.
(Alessandra Gomes, 2006)
E
V A N E I O S
O N
Í R I C O S
Í R I C O S
Com meu vestido florido
saí correndo pelas ladeiras
De preguiças e moças na janela
Parei de repente e então, decidi:
Esqueci.
saí correndo pelas ladeiras
De preguiças e moças na janela
Parei de repente e então, decidi:
Esqueci.
Mas...
"o esquecimento mágico só dá resultados positivos quando é real
e não apenas um truque como modo de enganar o coração".
Como no truco, quando dizemos que temos 7 de espada e temos As de ouro.
Como no truco, no amor blefamos.
Como no truco, que não sei jogar, pois desconheço suas regras e não domino sua malícia.
Sou inexperiente.
Sou inexperiente.
Sou anônima.
Sou anônima de vestido florido pela ladeira
De preguiças e moças na janela
Mas, ninguém pode me ajudar
porque ninguém me é.
Com meu vestido florido levado pelo vento
Eu subo a ladeira
De preguiças e moças na janela
Se estou triste?
Não. Estou sendo.
As vezes fico sendo.
Quando sou não preciso fazer.
Ser já é um fazer.
E eu posso ser devagar
ou um pouco depressa.
Posso ser um pouco aflita
Ou um pouco sôfrega
Posso ser um pouco mentirosa
Foi ela que me ensinou.
Ela que põe as vísceras para fora.
As minhas.
Que fala por metáforas.
Que é áspera e desesperançada.
Aquela cujo Minotauro é a velha e o labirinto o Maracanã.
Que junto com ele, me repõe, pequenina, em face de indecifráveis palmeiras.
(Alessandra Gomes, 2006)
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