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Mostrando postagens de março, 2011
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FUTURAR Caro querido, Chegaste inaugurando uma nova estação. Cores novas se anunciam, folhas caídas no chão pétalas de flores pequenos insetos coloridos. A natureza se revela em simplicidade Harmonia Fúria Caro querido, chegaste anunciando sonhos, sentimentos adormecidos. Chegaste anunciando palavras. Chegaste declarando um novo dia de sol. Saíste de sonhos adormecidos, de promessas jamais cumpridas. Caro querido, já vou antevendo nosso futuro colorido cama desfeita café na chaleira criança correndo. Já vou antevendo a vida correndo, a terra corando, o dia nascendo na noite sem fim. (São Carlos, abril/2011)
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A ponte Ontem, ao ver uma manada de bois num filme de referência à Guimarães Rosa, lembrei de você. Mas porque me lembrei de você, ao ver uma boiada? Na verdade, Ao ver a boiada minha memória foi ativada para as imagens das cenas dos bois que eram vendidos embaixo da ponte que atravessa aquele rio. Bois, ponte, você. As imagens eram iscas para a memória. As imagens pescando a memória A memória morde a isca e, incorporando-a, vira imagem. Os bois eram a desculpa para lembrar-me de você que estava ali, guardado, esperando para ser lembrado. Você estava ali o tempo todo. Os bois foram te resgatar. Ao pensar na imagem dos bois, cavalos e jegues que eram vendidos ao sábado (imagem que eu gostava tanto, porque me transportavam pra algum lugar imaginado, vivido em histórias de livros ou em minha vida mesmo, lugar cheio de boiadeiros, sertanejos, cavaleiros com seus casacos e chapéus de couro) pensei fugazmente que não poderia mais andar pelas ruas daquela cidade se não fosse em sua companhia.