Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2012
Imagem
Neste exato momento sinto-me ungida pela luz da lua, das estrelas, da beleza que emana de mim e que me parte toda em pedaços irregulares e me compõe em estilhaços de loucura e calma. Loucura que é bela porque empurra para um abismo de perguntas que não querem respostas. Quero ser somente. Ser em plenitude, sem perguntar porque. O porque dói e agora eu não quero dor. Quero só gozo. Nesse exato momento percebo de sobressalto a beleza do estranhamento (há alguns minutos atrás me encontrava em desespero, em sentimentos de inércia) e a loucura da busca, da perda, do encontrar-se na perda. A beleza da busca. O não saber-se busca. O encontro de si no diferente. O desencontro eterno. O não-saber de mim vem da escuridão das trevas que me ligam ao mundo. Minhas desequilibradas palavras. Luxo meu. Tirar sumo de fruta dos instantes. Conceber os instantes como sementes vivas. Aprendizagem. Digo eu porque não ouso dizer tu, vós, eles. Digo eu, mesmo sabendo que sou tudo isso: tu, vós, eles, ustede
Imagem
Moço bonito que sempre volta Inaugura uma felicidade Revive um saudade que nem se sabia saudade Deixa marcas invisíveis Transporta ao prazer da carne, o prazer se sabendo prazer A luxuria desmedida Menino-moço que sempre carrega uma paixão no peito É feminino e viril em seu modo de amar Não é de ninguém e de todas ao mesmo tempo Pequeno duende Se deus não lhe deu beleza, deu-lhe o dom da palavra, Da poesia, da alegria sempre presente Que irradia Moço bonito que sempre volta Vem amanhecer minhas noites Sonhar inverossimilhanças ao meu lado Viver um instante líquido Surrealidades Escorrer-me por entre as pernas Intranqüilizar-me Morrer em mim SÃO PAULO. Dez. 2010