Moço bonito que sempre volta
Inaugura uma felicidade
Revive um saudade que nem se sabia saudade
Deixa marcas invisíveis
Transporta ao prazer da carne, o prazer se sabendo prazer
A luxuria desmedida
Menino-moço que sempre carrega uma paixão no peito
É feminino e viril em seu modo de amar
Não é de ninguém e de todas ao mesmo tempo
Pequeno duende
Se deus não lhe deu beleza, deu-lhe o dom da palavra,
Da poesia, da alegria sempre presente
Que irradia
Moço bonito que sempre volta
Vem amanhecer minhas noites
Sonhar inverossimilhanças ao meu lado
Viver um instante líquido
Surrealidades
Escorrer-me por entre as pernas
Intranqüilizar-me
Morrer em mim

SÃO PAULO. Dez. 2010

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