O sol brilhava no céu e tingia de ainda mais azul o lindo mar de águas calmas e mornas. Na boca, um gosto de cacau, biri-biri e siriguela. A cachaça esquentava o corpo e também a alma. O açúcar da jujuba mágica ressoava no corpo... A lente da câmera não conseguia captar o real. A realidade era tão grande que rebentava a imagem: tons de azuis, água prateada, movimentos sincronizados das ondulações da água, voos de pássaros, árvores sob as águas, o leve dançar das palmeiras, tons rosados na água a espelhar o sol, aves espalhadas no chão prontas para alçar voo... Ela – real e imaginária – também rebentou. Sentiu seu corpo nu na água em conexão com todos os elementos presentes. Sentiu-se um pouco peixe, um pouco pássaro, um pouco ser erótico do mar, um pouco mais gente. Talvez seja preciso estar assim para sentir-se mais humana e para desfrutar de uma alegria também animal, natural e instintiva. Sentiu medo também. O mar era muito grande e a maré estava vazando. Foi tomada por um medo do