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Mostrando postagens de outubro, 2010
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POEMA PRA BAHIA Um dia me foi imperativo conhecer a Bahia. Me lancei naquelas imagens que, sobretudo por meio das músicas, desde a infância povoaram meu imaginário: A triste Bahia tão dessemelhante triste A roda gigante da Ribeira de Juliana, João e José, A tarde em Itapuã A logoa escura do Abaeté O campo Grande ê! O encontro com cada uma das imagens, Tão abstratas e fantasiosas durante toda minha vida, Foi cheio de ternura e encantamento. Depois vieram outras melodias Que de palavras vazias passaram a ter um profundo significado para mim: O Vapor de Cachoeira Rua da Matriz, do Conde Rio Apolo e rio Suabé Bandeira branca enfiada em pau forte Quando pisei pela primeira vez no Pelourinho Senti um misto de emoção e dor Sentimentos inexplicáveis, mas algo me dizia Que eu era parte daquilo E que aquilo me pertencia Sensação parecida senti quando participei da primeira festa de candomblé em Cachoeira as músicas as danças os cheiros as roupas tudo me